Esta es un versión antigua publicada el 2023-08-29. Consulte la versión más reciente.

“Nosso Sagrado”: a produção do filme-documentário e os movimentos sociais antirracistas no Rio de Janeiro dos anos 2010

Autores/as

  • Samuel Oliveira CEFET-RJ e Programa de Pós-Graduação de Relações Étnico-Raciais (PPRER-CEFET-RJ).
  • Felipe Wircker Machado Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ)
  • André Luiz Freire Pereira Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca https://orcid.org/0009-0009-1821-6719

DOI:

https://doi.org/10.51880/ho.v26i2.1349

Palabras clave:

Religiosidades afro-brasileiras, Documentário, Rio de Janeiro

Resumen


O artigo analisa o documentário Nosso Sagrado (2017), a partir de entrevistas de História Oral com os diretores Fernando Sousa e Jorge Santana. As narrativas construídas pelos atores sociais complexificam o entendimento da linguagem do filme e do lugar do documentário nas lutas políticas contemporâneas. Assim, o texto problematiza os dilemas em torno da produção de Nosso Sagrado, as vozes mobilizadas na estética do filme, e a narrativa histórica elaborada pelo documentário e sua relação com a memória social das religiões de matriz afro-brasileira. E demonstra como o movimento social “Liberte o Nosso Sagrado”, que reivindicou a reparação às violências contra as religiões de matriz afro-brasileira instituída no Museu da Polícia Civil do Rio de Janeiro, vinculou-se à trajetória da Quiproquó Filmes e do documentário. Aqui, a História Oral é compreendida como parte de uma metodologia para compreender a linguagem dos filmes-documentários e suas transformações.

Biografía del autor/a

Samuel Oliveira, CEFET-RJ e Programa de Pós-Graduação de Relações Étnico-Raciais (PPRER-CEFET-RJ).

Doutor em História, Polí­tica e Bens Culturais pelo CPDOC da Fundação Getúlio Vargas (2014), mestre em História pela UFMG (2008), licenciado (2004) e bacharel (2005) em História pela mesma universidade. Atua como professor do Ensino Técnico Integrado e pesquisador no CEFET-RJ e no Programa de Pós-Graduação de Relações Étnico-Raciais (PPRER-CEFET-RJ).

Citas

ALBERTI, Verena. Ouvir contar – textos em História Oral. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

AMADO, Ana, MOURÃO, Maria Dora. Imagens do Sul: o documentário contemporâneo na Argentina e Brasil. Rebeca – Revista Brasileira de Estudos de Cinema Audiovisual, Ano 2, nº4, p.37-59 , jul.-dez.2013.

CORRÊA, Alexandre Fernandes. A coleção Museu de Magia Negra do Rio de Janeiro: o primeiro patrimônio Etnográfico do Brasil. Mneme – Revista de Humanidades. Vol. 7, No 8, out./nov. 2005

ELKINS, James. História da arte e imagens que não são arte. Revista Porto Alegre, Porto Alegre, v.18, n.30, maio 2011.

______. An introduction to the visual studies that not in This Book. In: ELKINS, James & McGUIRE, Kristi (ed.). Theorising Visual Studies. New York, London: Routledge, 2013. p.19-31.

FREIRE, Marcius. Documentário – ética, estética e formas de representação. São Paulo: Annablume, 2011.

HALBWACH, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.

ITALIANO, Carla. Dois festivais de documentário sob uma perspectiva feminista: forumdoc.bh e CachoeiraDoc (2010-2020). Rebeca – Revista Brasileira de Estudos de Cinema Audiovisual, Ano 11, nº1, p.162-182 , jan.-jul.2022.

LIMA, Vivaldo da Costa. O candomblé da Bahia na década de 1930. Estudos Avançados, 18 (52), 2004.

KNAUS, Paulo. Aproximações disciplinares: história, arte e imagem. Anos 90, Porto Alegre, v.15, n.28, p.151-168, dez. 2008.

MAGGIE, Yvonne. Medo do feitiço: relações entre magia e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992

_______ Yvonne Maggie: antropóloga das religiões afro-brasileiras. Entrevista a Christina Queiroz. Revista Pesquisa Fapesp, No. 295 setembro 2020. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2020/09/058-063_ufrj_entrev_Yvonne-Maggie_295NOVO.pdf

MATTOS, Carlos Alberto. Documentário contemporâneo (2000-2016). In: RAMOS, Fernão Pessoa, SCHVARZMAN, Sheila (org.). Nova História do Cinema Brasileiro (Vol. 2). São Paulo: SESC, 2018. p.474-514.

MIRANDA, Ana Paula Mendes, BONIOLO, Roberta Machado. “Em público, é preciso se unir”: conflitos, demandas e estratégias políticas entre religiões de matriz afro-brasileira na cidade do Rio de Janeiro. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 37, n.2, p.86-119, 2017.

NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. São Paulo: Papirus, 2016.

PATO, Ana. 3ª Bienal da Bahia e seus arquivos invisíveis. In: Diálogos transdisciplinares: arte e pesquisa / Gilbertto Prado, Monica Tavares, Priscila Arantes (organizadores) – São Paulo : ECA/USP, 2016.

POLLACK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, nº 3, p.3-16, 1989.

POLLACK, Michel. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.5, nº 10, p.200-216, 1992.

PORTELLI, Alessandro. Ensaios de História Oral. São Paulo: Letra e Voz, 2010.

PORTELLI, Alessandro. O massacre de Civitella Val di Chiana (Toscana: 29 de junho de 1944): mito, política, luto e senso comum. In: AMADO, Janaína, FERREIRA, Marieta Moraes. Usos & Abusos da História Oral. Rio de Janeiro: FGV, 2005. p.103-131.

RAMOS, Fernão Pessoa. A Retomada: nação inviável, narcisismo às avessas e má consciência. In: RAMOS, Fernão Pessoa, SCHVARZMAN, Sheila (org.). Nova História do Cinema Brasileiro (Vol. 2). São Paulo: SESC, 2018. p.410-474.

RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal... O que mesmo documentário? São Paulo: SENAC, 2008

RENNOU, Mariana Vitor. “Lixo Religioso”, “Mutirão de Limpeza”, “Oferendas ecológicas”: sacerdotes do candomblé angola de Nova Iguaçu e a produção de coletivos. 2012. Disponível em: https://www.anpocs.com/index.php/papers-35-encontro/gt-29/gt23-22/1095-lixo-religioso-mutirao-de-limpeza-e-oferendas-ecologicas-sacerdotes-do-candomble-angola-de-nova-iguacu-e-a-producao-de-coletivos/file. Acesso em 28/08/2020.

SCHIVINATTO, Iara Lis & COSTA, Eduardo Augusto (org.). Cultura Visual e História. São Paulo: Pamela, 2013.

STAM, Robert. Multiculturalismo tropical. São Paulo: Edusp, 2008.

Filme

Nosso Sagrado. Dir. Fernando Souza, Gabriel Barbosa, Jorge Santana. Documentário, 2017, 32 min.

Entrevistas

SANTANA, Jorge Amílcar de Castro. Entrevista concedida ao autor, em 9 de março de 2020. 46 min.

SOUSA, Fernando. Entrevista concedida ao autor, em 11 de agosto de 2020. 1h 33 min.

Documentos e sites eletrônicos

MAGGIE, Yvonne. Lembrando o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Portal G1, 17/01/2020. Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/blog/yvonne-maggie/post/2020/01/17/lembrando-o-dia-nacional-de-combate-a-intolerancia-religiosa.ghtml

QUIPROCÓ FILMES. Disponível em: http://www.quiprocofilmes.com.br/pt/quemsomos. Acesso em 02/04/2020.

PEÇAS HISTÓRICAS apreendidas de religiões afro-brasileiras pela polícia serão transferidas para o Museu da República, 10/08/2020. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/rj/sala-de-imprensa/noticias-rj/pecas-historicas-apreendidas-de-religioes-afro-brasileiras-pela-policia-serao-transferidas-para-museu-da-republica. Acesso em 28/08/2020.

Publicado

2023-08-29

Versiones

Cómo citar

Oliveira, S., Wircker Machado, F. ., & Luiz Freire Pereira, A. . (2023). “Nosso Sagrado”: a produção do filme-documentário e os movimentos sociais antirracistas no Rio de Janeiro dos anos 2010. História Oral, 26(2), 51–72. https://doi.org/10.51880/ho.v26i2.1349

Artículos similares

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.