“Nosso Sagrado”: a produção do filme-documentário e os movimentos sociais antirracistas no Rio de Janeiro dos anos 2010
DOI:
https://doi.org/10.51880/ho.v26i2.1349Palavras-chave:
Religiosidades afro-brasileiras, Documentário, Rio de JaneiroResumo
O artigo analisa o documentário Nosso Sagrado (2017), a partir de entrevistas de História Oral com os diretores Fernando Sousa e Jorge Santana. As narrativas construídas pelos atores sociais complexificam o entendimento da linguagem do filme e do lugar do documentário nas lutas políticas contemporâneas. Assim, o texto problematiza os dilemas em torno da produção de Nosso Sagrado, as vozes mobilizadas na estética do filme, e a narrativa histórica elaborada pelo documentário e sua relação com a memória social das religiões de matriz afro-brasileira. E demonstra como o movimento social “Liberte o Nosso Sagrado”, que reivindicou a reparação às violências contra as religiões de matriz afro-brasileira instituída no Museu da Polícia Civil do Rio de Janeiro, vinculou-se à trajetória da Quiproquó Filmes e do documentário. Aqui, a História Oral é compreendida como parte de uma metodologia para compreender a linguagem dos filmes-documentários e suas transformações.
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