https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/issue/feedHistória Oral2024-12-19T15:06:02-03:00Juniele Rabêlo de Almeidarhistoriaoral@gmail.comOpen Journal Systems<p>A Associação Brasileira de História Oral (ABHO), sociedade científica sem fins lucrativos, tem como um dos pontos centrais de sua proposta programática a publicação da revista <em>História Oral</em>, inscrita sob o ISSN 2358-1654, Qualis de estrato A3 (quadriênio 2017-2020).<br /><br />A revista se destina aos associados e a todos os interessados na metodologia e na teoria das pesquisas que utilizam fontes orais. Criada em junho de 1998, <em>História Oral</em> foi a primeira publicação brasileira, de circulação regular, inteiramente dedicada à divulgação de trabalhos nacionais e internacionais baseados em fontes orais, desempenhando assim importante papel na formação de pesquisadores. <br /><br />A revista trabalha com sistema duplo-cego de revisão por pares. Desde agosto de 2009, <em>História Oral</em> passou a contar também com uma edição eletrônica e, desde 2010, circula exclusivamente em formato digital. A partir de 2023, passou a ter periodicidade quadrimestral. Todos os artigos da revista estão disponíveis para acesso e livre circulação, desde que propriamente citados.</p>https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1390Arquitetura vernacular narrada: as casas dos imigrantes italianos de Pelotas descritas por seus descendentes2023-09-18T08:17:04-03:00Vanessa Patzlaff Bosenbeckervanessa.bosenbecker@riogrande.ifrs.edu.brFábio Vergara Cerqueirafabiovergara@uol.com.br<p>A região da “Antiga Pelotas” é rica em bens arquitetônicos com valor patrimonial que ainda não receberam valorização institucional e, portanto, encontram-se invisibilizados. Intencionamos identificar a importância das casas de pedra dos imigrantes italianos da Colônia Maciel, exemplares desses bens, para a constituição das identidades dos “colonos”. Utilizamos a metodologia de História oral híbrida, combinando o acervo de entrevistas do Museu Etnográfi co da Colônia Maciel com a literatura sobre arquitetura vernacular e da imigração italiana. Inicialmente, analisamos o acervo com base na teoria da História oral. Em seguida, buscamos compreender a importância atribuída às edifi cações remanescentes pelos detentores desses bens. Um tema comum nas narrativas é a ênfase nas lembranças de dificuldades e escassez, que são elementos identitários desses sujeitos. É possível observar que a materialidade das casas de pedra serve como testemunho da superação das adversidades enfrentadas.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1407História oral e comunidades político- epistêmicas: para superar o isolamento intelectual e o exclusivismo epistêmico2023-12-01T12:02:50-03:00Idelma Santiago da Silvaidelmasantiago@gmail.comDernival Venâncio Ramos Júnioridelmasantiago@gmail.com<p>Neste trabalho, realizamos uma refl exão sobre história oral que tem como condição a participação em comunidades político-epistêmicas. A partir da descrição de experiências de campo, da retomada de reflexões anteriores e de pesquisa bibliográfica, defendemos que essas alianças políticas e epistemológicas entre universidades, movimentos sociais e comunidades tradicionais podem contribuir para a superação do isolamento intelectual e do exclusivismo epistêmico, bem como socializar práticas metodológicas para o campo da história oral.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1441Notas sobre a subjetividade e o corpo em narrativas de mulheres fisiculturistas2024-06-26T08:10:36-03:00Iasmim Leguissano dos Santosiasmim.adsl@gmail.comSilvana Vilodre Goellnervilodre@gmail.comPatrícia Lessapatricialessa13@gmail.comLuiz Carlos Rigorigoluizcarlos@gmail.com<p>Este estudo tem como objetivo analisar a percepção de mulheres fisiculturistas sobre os efeitos dessa prática em suas vidas. Com base no aporte teórico-metodológico da História Oral, foram entrevistadas seis atletas que disputam competições em nível nacional ou internacional e uma dirigente com experiência na modalidade. Essas entrevistas foram cotejadas com outras fontes, tais como reportagens, documentos institucionais e produções acadêmicas. Dessa análise, emergiram dois temas: a potencialização dos seus corpos e a produção de suas subjetividades. A partir das suas narrativas, foi possível identificar que as atletas desestabilizam representações normativas de feminilidade, o que acabou por gerar a incidência de estratégias de controle sobre seus corpos. Para as entrevistadas, a autoestima e o empoderamento sobrepõem-se às adversidades que enfrentam para estar nesse esporte.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1544Editorial2024-12-17T18:08:33-03:00Marcia Milena Galdez Ferreiramilenagaldez@gmail.comJuniele Rabêlo de Almeidajunielerabelo@gmail.com2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1522O ativismo de Beatriz Gomes Dias e sua voz-potência no espaço público português2024-09-09T11:26:40-03:00Simone Azevedosimone.azevedo@usp.br<p>Esta entrevista, gravada em fevereiro de 2024, em Lisboa, Portugal, com Beatriz Gomes Dias, primeira vereadora negra na Câmara Municipal de Lisboa, eleita pelo Bloco de Esquerda para o mandato 2021-2025, tem como objetivo (re)contar a história de pessoas negras que vivem em Portugal, registrando narrativas de mulheres negras sobre suas atividades de ativismo, vida pessoal e atuação profissional, a partir dessa corporalidade racializada. </p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1546Expediente2024-12-19T15:02:58-03:00Revista História Oralrhistoriaoral@gmail.com2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1538Patrimônios, Territórios e Comunidades: novas contribuições à história oral2024-12-02T11:30:39-03:00Lívia Morais Garcia Limaliviamglima@gmail.comEduardo Romero de Oliveiraeduardo.romero@unesp.br<p>A história oral, nas últimas décadas, reafirmou-se como uma ferramenta interdisciplinar de grande valor teórico, metodológico e político. Ela não apenas documenta narrativas, mas também atua como um espaço de resistência, reflexão e transformação social, expandindo constantemente suas fronteiras temáticas e éticas. As principais tendências acadêmicas em patrimônio cultural incluem o fortalecimento da identidade e memória coletiva, valorização do patrimônio imaterial e direitos culturais de minorias. Diversas pesquisas exploram justiça social, diversidade cultural e inclusão social; muitas vezes, numa abordagem interdisciplinar, que enfatiza a preservação comunitária e respostas a desafios globais e ambientais. Os textos desse dossiê analisam, criticamente e de forma interdisciplinar, patrimônios material, imaterial e natural; e exploram narrativas orais, identidade cultural, sustentabilidade, memória social e inclusão, enfatizando vozes marginalizadas, ancestralidade, diversidade e a ética na patrimonialização. Tais exemplos são representativos de vários aspectos dessas tendências, e mostram como a história oral atual integra etnografia, gestão participativa e memória social, promovendo diálogos éticos e protagonismo comunitário para a gestão patrimonial sustentável, unindo narrativas orais e territórios urbanos em benefício das próprias comunidades.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1457Territórios do saber: a integração de saberes ancestrais e conservação ambiental na cosmovisão Shanenawa2024-08-04T15:26:40-03:00Fabio Gimovskifabiogimovski@hotmail.comCintia Mara Ribas de Oliveiracmara@up.edu.br<p>Este artigo discute a importância da ancestralidade de povos indígenas e destaca a relevância de seus saberes ancestrais. Analisa-se a conservação ambiental sob a perspectiva da cosmovisão como forma de articular saberes que dialoguem com os povos indígenas e que possam sinalizar caminhos para a sociedade não indígena. Para tanto, desenvolveu-se um estudo de caso em uma comunidade indígena da etnia Shanenawa, no município de Feijó/AC, bioma Amazônico. Com isso, espera-se contribuir para uma discussão mais ampla sobre o reconhecimento da diversidade cultural e dos saberes tradicionais como elementos fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. A integração do conhecimento tradicional, incluindo os saberes ancestrais, incentiva o reconhecimento desses conhecimentos como vitais para superar desafios ambientais contemporâneos, visando uma convivência mais equilibrada e respeitosa com a natureza.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1469Olinda patrimônio do mundo: gentrificação como tecnologia da expulsão em sítios históricos2024-07-19T09:38:22-03:00Elaine Santana do Óelaine.historia.pernambuco@gmail.comFrancisco Sá Barretoxicosabarreto@gmail.com<p>O que signifi ca morar em cidades históricas? Que impactos o processo de patrimonialização de zonas urbanas históricas produz no dia a dia das comunidades envolvidas? Quais as potencialidades dos processos de patrimonialização para as populações envolvidas? Essas são algumas das questões que guiam este trabalho, concentrado nas peculiaridades da patrimonialização do Sítio Histórico de Olinda, Pernambuco, e seus impactos para os moradores locais. Partindo de pesquisas bibliográfi cas, assim como de uma pesquisa de campo responsável por incorporar a este debate conversas e entrevistas, procuramos analisar o processo de patrimonialização de Olinda e atravessá-lo pela noção de gentrifi cação, além de discutirmos como seria possível pensar os locais como sujeitos de uma paisagem vernacular. Ademais, o trabalho organiza uma discussão que relaciona o desenvolvimento cultural às políticas de revitalização urbana.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1468História Oral, patrimônio e museus: estratégias de salvaguarda do patrimônio marítimo nas Caxinas2024-06-19T15:41:20-03:00Laura Mineiro Teixeiralauramineiroteixeira@gmail.com<p>Aliando conceitos e questionamentos presentes nos estudos críticos do patrimônio e da Nova Museologia, este artigo propõe uma refl exão sobre diferentes estratégias de salvaguarda do patrimônio marítimo das Caxinas, comunidade piscatória de Vila do Conde (Portugal). A recente movimentação feita pelo poder público, agentes culturais, acadêmicos e membros da comunidade no sentido da produção coletiva de um museu evidenciou a relevância de um diálogo com a população nas tomadas de decisão acerca da preservação (institucional ou não) dos patrimônios. Refl ete-se, por fi m, sobre o papel da História Oral aquando da produção de fontes históricas que não apenas podem ser utilizadas para expor os patrimônios imateriais num contexto museológico, como também têm o potencial de suscitar reivindicações e questionamentos dentro de uma comunidade.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1448“Tenho que te contar que os monumentos de Milot significam muito para mim”: memórias de moradores de Milot acerca do Parc National Historique - Haiti2024-09-28T16:36:59-03:00Loudmia Amicia Pierre Louisloudmia09@gmail.com<p>Este artigo analisa a memória social dos moradores de Milot acerca dos monumentos do Palais Sans-Souci, Citadelle Laferrière e Ramiers que constituem o Parc National Historique, patrimônio nacional e da humanidade no Haiti. Assim, as relações sociais entretidas por essa comunidade com esses monumentos são problematizadas em diálogo com a memória nacional legitimada pelo Estado a seu respeito. Com ajuda teórica de autores que abordam, sobretudo, os temas memória e patrimônio, e fazendo uso da metodologia de História Oral, oposições são observadas entre a memória nacional que relembra os monumentos apenas de forma relacionada aos valores da Revolução Haitiana e a memória social dos moradores locais que enfatizam violências da colonialidade que marcam Milot.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1454Memórias alimentares em Seropédica: as receitas de aipim e suas conexões afetivas nos universos familiares2024-09-24T17:22:23-03:00Thaís Xavier de Assumpçãotxassumpcao77@gmail.comJuliana Borges de Souzajuliana_borges_souza@ufrrj.br<p>Este artigo consiste em uma pesquisa desenvolvida no bairro de São Miguel, no município de Seropédica, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Tal pesquisa buscou entender as relações entre a cultura alimentar local, as memórias familiares e a ideia de patrimônio cultural. O objeto de pesquisa, por conseguinte, foram as receitas de aipim das famílias integrantes das comunidades escolares da Escola Municipal Vera Lúcia Pereira Leite e da Escola Municipal Atílio Grégio da referida localidade. A pesquisa foi desenvolvida a partir da prerrogativa etnográfica, durante a pesquisa de campo foram realizados encontros com as respectivas comunidades escolares denominados “Cafés com prosa”. Os “Cafés com prosa” foram eventos onde o aipim foi utilizado como ferramenta de facilitação, sendo servido de formas e em receitas diferentes a fim de criar um ambiente acolhedor. Da mesma forma, nestes encontros, houve a coleta de dados, ou seja, a escuta e registro das receitas e memórias familiares que foram compartilhadas. Ao analisar estas receitas compartilhadas, esta pesquisa demonstrou que elas possuem profundidades e complexidades que entrelaçam aspectos territoriais, afetivos e familiares. Acreditamos, portanto, que este artigo ajuda a compreender a importância das memórias alimentares e da alimentação afetiva para refletir sobre o potencial delas na compreensão dos patrimônios culturais e de seu papel na valorização dos territórios rurais e periféricos.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oralhttps://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1445Águas de Guapimirim como lugar de memória: trilhas praticadas e autorrepresentação2024-07-29T08:43:46-03:00Gianne Maria Montedônio Chagastellesgiannem@globo.com<p>O presente trabalho discute o patrimônio cultural/natural das cidades e a relação com as lembranças de seus habitantes. Apresento uma leitura histórica sobre as práticas, complexas, múltiplas, diferenciadas de apropriação dos lugares de memória de Guapimirim (RJ). Os lugares de memória, conforme conceito formulado por Pierre Nora (1993), são espaços materiais e simbólicos, onde a história é representada. O texto propõe um poder de conversa entre fotografi as e entrevista oral, partindo das lembranças e narrativas autobiográfi cas do entrevistado. Esse estudo traz à tona as expressões das subjetividades dos indivíduos e do coletivo na construção da história, problematizando discussões entre o individual e o coletivo, entre o público e o privado. Ao se trabalhar a partir das lembranças das pessoas anônimas (“comuns”) e dos monumentos não glorifi cados pela História ofi cial, agregam-se à memória social vozes muitas vezes dissonantes com a ordem vigente.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 História Oral