Aprendendo a ouvir: a história oral testemunhal contra a indiferença

Autores/as

  • Marta Gouveia de Oliveira Rovai

Palabras clave:

história oral, indiferença, trauma, ética

Resumen


Palavras de ordem criadas por regimes autoritários e reverberadas por seus defensores foram usadas para evitar a possibilidade de se falar das barbaridades praticadas, de identificar seus autores, significados e consequências. Marcados como subversivos e antipatriotas, aniquilados em sua integridade fí­sica e mental, os opositores foram suprimidos em existência e em palavras. Na luta pela validação de memórias múltiplas contra os estereótipos criados e, principalmente, para falar dos traumas sofridos, a história oral constitui-se em caminho para a denúncia, para a responsabilização e para a reparação. Diante disso, este artigo pretende refletir sobre como o pesquisador deve se portar durante a escuta de histórias traumáticas. Quais são os limites éticos de uma entrevista com ví­timas de violência? Como o trabalho de história oral pode ultrapassar a fronteira da universidade e contribuir para romper a indiferença social diante da dor?

Publicado

2013-12-24

Cómo citar

Rovai, M. G. de O. (2013). Aprendendo a ouvir: a história oral testemunhal contra a indiferença. História Oral, 16(2), 129–148. Recuperado a partir de https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/313

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