Memória, testemunho e superação: história oral da anistia no Brasil

Autores/as

  • Maria Paula Araújo

DOI:

https://doi.org/10.51880/ho.v15i2.256

Palabras clave:

ditadura, memória, justiça de transição, anistia

Resumen


Na América Latina, nas últimas décadas, inúmeros paí­ses viveram diferentes processos de transição polí­tica, passando de ditaduras militares para regimes democráticos. Em todos esses paí­ses uma questão tem se colocado para a sociedade e para o Estado: o que fazer com a herança autoritária? Como olhar para esse passado, enquadrá-lo aos novos tempos, tratar as feridas, suprimir o legado da violência? Em todos esses processos de transição polí­tica um elemento tem se afigurado como fundamental: a palavra. Revelar os fatos, tornar pública as violações, denunciar as arbitrariedades, resgatar a memória de lutas e resistências tem tido enorme papel simbólico e polí­tico na construção de um novo pacto nas sociedades pós-conflitos. A história oral lida com depoimentos, memória, histórias de vida, e por isso mesmo tem tido destacado papel nesse processo. Este texto faz uma reflexão sobre essa relação entre história oral, memória e polí­tica, a partir do papel do testemunho e da palavra no processo de superação de contextos de violência polí­tica. Abordo aqui algumas questões relativas à Argentina e África do Sul, mas o foco maior é o Brasil e a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, com foi desenvolvida uma pareceria de pesquisa, através do projeto "Marcas da Memória: História Oral da Anistia no Brasil".

Publicado

2012-12-18

Cómo citar

Araújo, M. P. (2012). Memória, testemunho e superação: história oral da anistia no Brasil. História Oral, 15(2). https://doi.org/10.51880/ho.v15i2.256