Histórias de vida de professoras negras no sertão norte-mineiro
DOI:
https://doi.org/10.51880/ho.v25i1.1248Palabras clave:
professoras, mulheres negras, sertão norte-mineiro, interseccionalidadeResumen
Este artigo aborda, a partir de uma análise interseccional, a narrativa de história de vida de duas mulheres, professoras, negras e celibatárias do sertão norte-mineiro, nascidas nas décadas de 1920 e 1930. Nesse sentido, buscou-se compreender: como elas se constituem em suas narrativas; como constroem uma imagem de si, que será tornada pública; o que escolhem dizer ou silenciar e, ainda, como a raça norteia as narrativas. Diante das questões, argumenta-se que, ao manterem-se solteiras elas asseguraram o controle de suas próprias vidas, autonomia financeira e experimentaram maior liberdade. O casamento e maternidade não apareceram nas narrativas como aspirações pessoais. Apesar das semelhanças em suas trajetórias, a análise interseccional revelou diferenças em suas experiências, estas marcadas pela distinção de classe.
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