Aprendendo a ouvir: a história oral testemunhal contra a indiferença
Palavras-chave:
história oral, indiferença, trauma, éticaResumo
Palavras de ordem criadas por regimes autoritários e reverberadas por seus defensores foram usadas para evitar a possibilidade de se falar das barbaridades praticadas, de identificar seus autores, significados e consequências. Marcados como subversivos e antipatriotas, aniquilados em sua integridade física e mental, os opositores foram suprimidos em existência e em palavras. Na luta pela validação de memórias múltiplas contra os estereótipos criados e, principalmente, para falar dos traumas sofridos, a história oral constitui-se em caminho para a denúncia, para a responsabilização e para a reparação. Diante disso, este artigo pretende refletir sobre como o pesquisador deve se portar durante a escuta de histórias traumáticas. Quais são os limites éticos de uma entrevista com vítimas de violência? Como o trabalho de história oral pode ultrapassar a fronteira da universidade e contribuir para romper a indiferença social diante da dor?
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