Nas ruas com as baianas de acarajé: desafios, lutas e representatividade
Palabras clave:
Baianas de acarajé, Salvador, Associação das Baianas de Acarajé, Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro, Patrimônio, IdentidadeResumen
Em 2004, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) registrou o ofício das baianas de acarajé como patrimônio cultural do Brasil. Trata-se de um marco no processo de reconhecimento dos modos de saber fazer de um grupo de mulheres. Este artigo tem como objetivo discutir a relação entre as baianas de acarajé e as instituições í s quais elas estão associadas enquanto categoria. Para tanto, observa-se a criação e os principais objetivos e dilemas da Associação das Baianas de Acarajé (Abam) e da Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (Fenacab). Também são mapeados os modos e as formas como as baianas de acarajé se relacionam com as duas entidades, por meio da análise de documentação oral (entrevistas) e escrita (principalmente atas, estatutos e boletim informativo). Ademais, é apresentada uma discussão sobre construção de identidade e usos políticos da categoria de patrimônio imaterial, tendo em vista o título de patrimônio conquistado pelas baianas de acarajé.
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