Notas sobre a subjetividade e o corpo em narrativas de mulheres fisiculturistas
DOI:
https://doi.org/10.51880/ho.v27i3.1441Keywords:
Oral History. Bodybuilding. Sport. GenderAbstract
This study aims to analyze the perception of female bodybuilders about the effects of this practice on their lives. Based on the theoretical-methodological contribution of Oral History, six athletes who take part in national or international competitions and a manager with experience in the sport were interviewed. These interviews were compared with other sources, such as reports, institutional documents, and academic research. From this analysis, two themes have emerged: the empowerment of their bodies and the production of their subjectivities. From their narratives, it was possible to identify that the athletes destabilize normative representations of femininity, which ended up causing the incidence of control strategies over their bodies. For the interviewees, self-esteem and empowerment overcome the adversities they face to practice this sport.
References
ALBERTI, Verena. Ouvir contar: textos em história oral. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2004.
AMADO, Janaina; FERREIRA, Marieta de Moraes (Org.). Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro: FGV Editora, 1998.
BAECHLE, Thomas R. W.; EARLE, Roger W. Fundamentos do treinamento de força e condicionamento físico. 3. ed. Barueri: Manole, 2009.
BOLIN, Anne. Bodybuilding. In: CHRISTENSEN, Karen; GUTTMANN, Allan; PFISTER, Gertrud (Org.). International encyclopedia of women and sports. v. 1. New York: Macmillan Reference, 2001. p. 145-152.
BOTELHO, Flávia. Mestriner. Corpo, risco e consumo: uma etnografia das atletas de fisiculturismo. Habitus, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 104-119, jul. 2009. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/habitus/article/view/11307. Acesso em: 8 dez. 2024.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 16. ed. São Paulo: José Olympio, 2018.
CHAPMAN, David; VERTINSKY, Patricia. Venus with biceps: a pictorial history of muscular women. New York: Arsenal Pulp Press, 2010.
CHOI, Precilla Y. L. Muscle Matters: How to Keep Men’s and Women’s Differences Visible. Sexualities, Evolution & Gender, v. 5, n. 2, p. 71-81, 2013.
https://globoesporte.globo.com/blogs/brasil-em-toquio/post/2018/01/09/fisioculturismo-stand-up-surfe-longboard-e-poomsae-as-novidades-do-pan-2019.ghtml. Acesso em: 8 dez. 2024.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
ELIAS, Norbert; DUNNING, Eric. A busca da excitação. Lisboa: Difel Difusão, 1992.
ESTEVÃO, Adriana. Prática do fisiculturismo: significados. Motrivivência, Florianópolis, n. 24, p. 41-57, jun. 2005. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/727. Acesso em: 8 dez. 2024.
ESTEVÃO, Adriana; BAGRICHEVSKY, Marcos. Antítese ou reinvenção da feminilidade? As mulheres fisiculturistas e os engendramentos da cultura da “malhação”. Motrivivência, Florianópolis, n. 19, 2002. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/955. Acesso em: 8 dez. 2024.
FAUSTO-STERLING, Anne. Dualismos em duelo. Cadernos Pagu, Campinas, n. 17-18, p. 9-79, 2002.IFBB RS - FEDERAÇÃO DE BODYBUILDING E FITNESS DO RIO GRANDE DO SUL. Wellness Fitness. IFBB RS, 2018. Disponível em: https://www.ifbbrs.com.br/categorias/wellness-fitness/. Acesso em: 16 jan. 2024.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 5. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1987.
GALBRAITH, Christiano. Seção The Iron News. Jornal de Musculação e Fitness, n. 58, p. 18, 2005.
GOELLNER, Silvana Vilodre; FRAGA, Alex Branco. A inominável Sandwina e as obreiras da vida: silêncios e incentivos nas obras inaugurais de Fernando de Azevedo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 25, n. 2, p. 71-84, jan. 2004. Disponível em: http://revista. cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/227. Acesso em: 8 dez. 2024.
GUATTARI, Felix; ROLNIK, Sueli. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 1996.
JAEGER, Angelita Alice. Mulheres atletas da potencialização muscular e a construção de arquiteturas corporais no fisiculturismo. Tese (Doutorado em Ciência do Movimento Humano) – UFRGS, Porto Alegre, RS, 2009.
JAEGER, Angelita. Alice; GOELLNER, Silvana Vilodre. O músculo estraga a mulher? A produção de feminilidades no fisiculturismo. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n. 3, p. 955- 976, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/fWFypmLtw8v6YbVB3qyVG4p/. Acesso em: 8 dez. 2024.
KAYE, Kristin. Iron maidens. Nova York: Thunder’s Mouth Press, 2015.
LESSA, Patrícia. Mulheres, corpo e esportes em uma perspectiva feminista. Motrivivência, Florianópolis, n. 24, p. 157-172, jun. 2005. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index. php/motrivivencia/article/view/862/3895. Acesso em: 8 dez. 2024.
LESSA, Patrícia; SANTOS, Iasmin. Mestre Puma e Larissa Cunha: na história da musculação competitiva. Curitiba: Appris, 2020.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. História Oral: como fazer como pensar. São Paulo: Contexto, 2007.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Manual de História Oral. São Paulo: Loyola, 1998.
MONTENEGRO, Antonio. História, metodologia, memória. São Paulo: Contexto, 2010.
MONTENEGRO , Antonio. Invenção do olhar. In: SIMSON, Olga. Rodrigues de Moraes von (Org.). Os desafios contemporâneos da história oral. Campinas: Unicamp/CMU, 1997. p. 197-211.
PATHAI, Dafne. História Oral, feminismo e política. São Paulo: Letra e Voz; 2010.
PORTELLI, Alessandro. Ensaios de história oral. São Paulo: Letra e Voz, 2016.
SABINO, Cesar. Anabolizantes: drogas de Apolo. In: GOLDENBERG, Miriam (Org.). Nu & vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. Rio de Janeiro: Record, 2002. p. 139-188.
SANTOS, Iasmin Leguissano dos. Um estudo sobre o processo de profissionalização do fisioculturismo feminino brasileiro. Dissertação. (Mestrado em Educação Física) – UFPel, Pelotas, RS, 2021.
SANTOS , Iasmin Leguissano dos; SANTOS, Patrícia Lessa dos. As Strongwomens da Belle Époque e a quebra do mito da fragilidade inata. Koan, Maringá, n. 5, p. 54-74, jul. 2017. Disponível em: http://www.crc.uem.br/departamento-de-pedagogia-dpd/koan-revista-de- educacao-e-complexidade/edicao-n-5-dez-2017/edicao-n-5-dez-2017/as-strongwomen-da-
belle-epoque-e-a-quebra-do-mito-da-fragilidade-inata. Acesso em: 8 dez. 2024.
SCHWARZENEGGER, Arnold. Enciclopédia de fisiculturismo e musculação. Porto Alegre: Artmed, 2001.
SHILLING, Chris; BUNSELL, Tanya. The female bodybuilder as a gender outlaw. Qualitative research in sport and exercise, v. 1, n. 2, p. 141-159, 2009.
SILVA, Adriena Casini. Um zoom nos desafios metodológicos de fazer História Oral em tempos de pandemia: confluências e adaptações tecnológicas de uma investigação de História da Educação. História Oral, Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 153–172, 2022. Disponível em: https:// revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/1271. Acesso em: 16 jan. 2024.
SILVEIRA, Viviane. Corpos atletas: doping e políticas da Agência Mundial Antidoping (WADA- AMA). Sociologias Plurais, Curitiba, v. 2, p. 196-2019, 2014.
SILVEIRA; Viviane; RIGO, Luiz Carlos. O programa Passaporte Biológico: considerações sobre o governo dos atletas. Movimento, Porto Alegre, v. 21, n. 2, p. 495-506, abr./jun. 2015. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/48211. Acesso em: 8 dez. 2024.
THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
WADA - AGÊNCIA MUNDIAL DE ANTIDOGEM. Achados analíticos adversos relatados por laboratórios credenciados. Montreal: WADA, 2016. WINTERMANTEL, J.; WACHSMUTH, Nadine; SCHMIDT, Walter. Doping cases among elite athletes from 2000 to 2013. Dtsch Z Sportmed, v. 67, p. 263-269, 2016.
YOUNG, Iris M. About the experience of the female body. Nova York: Oxford University Press, 2015.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 História Oral
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A revista História Oral é licenciada de acordo com a atribuição Creative Commons BY-NC-ND 4.0 (Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional). Dessa forma, os usuários da revista têm o direito de compartilhar livremente o material, copiando-o e redistribuindo-o em qualquer suporte e formato, desde que sem fins comerciais, fornecendo o crédito apropriado e não realizando mudanças ou transformações no material. Para maiores informações, ver: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR