Ciclo de violência doméstica: história oral de mulheres que romperam um cotidiano de abusos
DOI:
https://doi.org/10.51880/ho.v26i3.1298Keywords:
violência doméstica, ciclo, história oralAbstract
Objective: Understanding the insertion and rupture of the cycle of domestic violence experienced by women. Method: qualitative study carried out in a metropolitan region of Ceará, through semi-structured interviews, recorded in audio, with seven women who were victims of domestic violence perpetrated by an intimate partner, analyzed according to the thematic oral history method. Results: the insertion of women in a cycle of domestic violence took place gradually. The violence unveils in three phases: the accumulation of tensions, the phase of physical aggression and the phase of reconciliation. Belief in the partner's change, fear, and financial insecurity, were factors that made it difficult to breaking of the cycle, which came due to the victims' perception of the end of the feelings for their partner, and the harm caused by the aggressions to their children. Final considerations: the study clarified the nuances of insertion and conservation of an abusive relationship, and pointed out factors that facilitated the exit of women from an everyday life of abuse.
References
Acosta, DF et al (2015). Violência contra uma mulher por parceiro íntimo: (in) visibilidade do problema. Texto contexto - enferm. , Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 121-127. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072015000100121&lng=en&nrm=iso>. acesso em 03 mar. 2019. https://doi.org/10.1590/0104-07072015001770013 .
Adichie, CN (2017). Para educar crianças feministas: Um manifesto. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Companhias das Letras.
Alberti, V. (2005). Manual de História Oral. – 3. Ed. Ver. E atual. – Rio de Janeiro: Editora FGV.
Andrade, JdeO et al (2016) . Indicadores da violência contra a mulher provenientes das notificações dos serviços de saúde de minas gerais-brasil. Texto contexto - enferm., Florianópolis , v. 25, n. 3, e2880015. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072016000300318&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 05 Mar. 2019. Epub Oct 03, 2016. https://doi.org/10.1590/0104-07072016002880015.
Barros, EM et al (2016). Prevalência e fatores associados à violência por parceiro íntimo em mulheres de uma comunidade em Recife/Pernambuco, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 591-598, 2016. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csc/v21n2/1413-8123-csc-21-02-0591.pdf >. Acesso em: 20 nov. 2018.
Brasil. (2016a). Panorama da violência contra as mulheres no Brasil: Indicadores nacionais e estaduais. Brasília: Senado Federal. Disponível em: http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR.pdf Acesso em: 12 ago. 2019.
Brasil. (2016b). Resolução n. 510, de 07 de abril de 2016. Ética na Pesquisa na área de Ciências Humanas e Sociais. Brasília: CNS. Disponível em: < http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf>. Acesso em: 04 set. 2019.
Brasil. (2012). Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012. Revoga a Resolução do Conselho Nacional de Saúde 196 de 10 de Outubro de 1996. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf>. Acesso em: 04 set. 2019.
Brasil. (2011). Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. Presidência da República. Pacto Nacional de Enfretamento de Violência Contra a Mulher. Brasília. 70p. Disponível em: <http://www.spm.gov.br/sobre/publicacoes/publicacoes/2011/pacto-nacional>. Acesso em: 18 set. 2019.
Bruhn, M., E Lara, L. (2016). Rota crítica: a trajetória de uma mulher para romper o ciclo da violência doméstica. Rev. Polis e Psique; 6(2): 70 – 86. Disponível em:< https://www.seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/63711/pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019.
Carneiro, JB et al. (2017). Violência conjugal: repercussões para mulheres e filhas(os). Esc. Anna nery, Rio de Janeiro , v. 21, n. 4, e20160346. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452017000400214&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 03 Mar. 2020. https://doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2016-0346.
Cerqueira, D. et al. (2018). Atlas da violência 2018. Ipea, FBSP, São Paulo 2018. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8398/1/Atlas%20da%20viol%c3%aancia_2018.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2018.
Conti, PC E Faria, DLde. (2019). Que homem é esse? Uma análise junguiana sobre os homens, a afetividade e a conjugalidade em transformação. Anales (textos completos) del VI Coloquio Internacional de Estudios sobre Varones y Masculinidades. Vol. 01 Recife: UFPE; IFF/Fiocruz; Instituto PAPAI. ISSN 2178‐4787.
Datasenado. (2019). Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Secretaria de Transparência. Disponível em: www.senado.gov.br. Acesso em 17 dez. 2019.
David, LA (2019). A situação de mulheres vítimas de violência doméstica recorrente: análise dos motivos de permanência no relacionamento abusivo. Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa Comunidades - Dissertações de Mestrado.
Dourado, SdeM E Noronha, CV. (2014). A face marcada: as múltiplas implicações da vitimização feminina nas relações amorosas. Physis, Rio de Janeiro , v. 24, n. 2, p. 623-643, . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312014000200623&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 22 jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312014000200016.
Dresch, G. (2011). Violência perpetrada contra a mulher pelo seu parceiro íntimo: Uma análise sobre os estudos empíricos na realidade brasileira. 28f. Trabalho de conclusão de curso de especialização (Especialização em Psicologia Clínica). Programa de Pós Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Echeverria, JGM et al. (2017) Violência doméstica e trabalho: percepções de mulheres assistidas em um Centro de Atendimento à Mulher. Saúde em Debate. v. 41, n. spe2, p. 13-24. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-11042017S202>. Acesso em: 11 jun. 2019.
Faias, J et al. (2017). Exposição à violência familiar e abuso íntimo em jovens: Que relação?. Psychologica, [S.l.], p. 7-23, jan. 2017. ISSN 1647-8606. Disponível em: <http://impactum-journals.uc.pt/psychologica/article/view/3906>.
Franco, DA et al. (2018). Violência doméstica e rompimento conjugal: repercussões do litígio na família. Pensando fam., Porto Alegre , v. 22, n. 2, p. 154-171. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2018000200011&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 24 jan. 2019.
Gebara, I. (2017). Mulheres, religião e poder: ensaios feministas. São Paulo: Terceira Via.
IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2015). Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil. Brasília. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&id=19873>. Acesso em: 09 fev. 2019.
Jung, CG (2007). Civilização em transição. O. C. Vol. 10/3. Petrópolis: Vozes, [1931].
Lamoglia CVA E Minayo MCS. (2009). Violência conjugal, um problema social e de saúde pública: estudo em uma delegacia do interior do Estado do Rio de Janeiro. Ciên Saúde Coletiva; 14(2):595-604.
Leitao, MNdaC. (2014). Mulheres sobreviventes de violência exercida por parceiros íntimos – a difícil transição para a autonomia. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 48, n. spe, p. 07-15. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342014000700007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 21 Jan. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420140000600002.
Lucena, KDTde et al. (2016). Análise do ciclo da violência doméstica contra a mulher. J. Hum. Growth Dev, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 139-146. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822016000200003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 21 jan. 2019. http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.119238.
Maffesoli, M. (2014). “Iniciação, arquétipos e Pós-modernidade”. Em: A alma Brasileira: Luzes e sombra. Organizado por W. Boechat, 19-41. São Paulo: Vozes.
Meihy, JCSB E Holanda, F. (2017). História Oral: Como fazer, como pensar. 2. ed. São Paulo: Contexto.
Oliveira, RNG E Fonseca, RMGS. (2014). Violence as a research object and intervention in the health Feld: an analysis from the production of the Research Group on Gender, Health and Nursing. Rev Esc Enferm USP. v. 48, n. 2, p. 31-8, Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48nspe2/0080-6234-reeusp-48-nspe2-00031.pdf>. Acesso em 17 set. 2019.
Pereira, D.; Camargo, V. E Aoyama, P. (2018). Análise funcional da permanência das mulheres nos relacionamentos abusivos: Um estudo prático. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 20, n. 2, p. 10-25.
Saffioti, HIB (2015). Gênero, patriarcado e violência. 2. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
Villas Boas, AC E Dessen, MA. (2019). Transmissão intergeracional da violência física contra a criança: um relato de mães. Psicologia em Estudo, v. 24, 1.
Walker, L. (1999) The Battered Woman Syndrome. New York: Harper and Row.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 História Oral
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A revista História Oral é licenciada de acordo com a atribuição Creative Commons BY-NC-ND 4.0 (Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional). Dessa forma, os usuários da revista têm o direito de compartilhar livremente o material, copiando-o e redistribuindo-o em qualquer suporte e formato, desde que sem fins comerciais, fornecendo o crédito apropriado e não realizando mudanças ou transformações no material. Para maiores informações, ver: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR