Sujeitas de direito: mobilização de mulheres imigrantes na cidade de São Paulo entre os séculos XX e XXI
DOI:
https://doi.org/10.51880/ho.v25i1.1245Palavras-chave:
mulheres imigrantes, gênero, interseccionalidadesResumo
A sociedade brasileira é constituída por grupos/etnicidades diversas, que têm lutado e conquistado direitos, (re)organizando temas que foram velados e silenciados, como raça, gênero, classe, etnia, e outros marcadores sociais de diferença. Busco compreender, neste artigo, os discursos de um grupo de mulheres que fazem parte da Frente de Mulheres Imigrantes e Refugiadas na cidade de São Paulo. Assim, indago, portanto, quais as táticas adotadas pelas sujeitas de direitos na sociedade brasileira para questionar e garantir o acesso à educação, à saúde e à cultura dos imigrantes e refugiados (homens, mulheres, crianças,
população LGBTQI+), ao mobilizarem outras matrizes culturais na sociedade brasileira. Nesse sentido, foram utilizados os procedimentos da história oral (Holanda; Meihy, 2007; Portelli, 2016; Rovai, 2021), que envolvem a observação participante em coletivos e grupos e a realização de entrevistas. O problema inicial a ser investigado é como a mobilização de coletivos imigrantes e da sociedade civil no Brasil, especificamente na cidade de São Paulo, permitiu que fossem notadas as demandas dos imigrantes, principalmente da mulher imigrante, e que fossem adotadas práticas interculturais nas relações de mediações constituídas nas instituições do Estado e da sociedade civil para atender essas demandas.
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