“Assim eu sei que viverei para a posteridade”: depoimentos orais de Almerinda Farias Gama, uma pioneira do feminismo brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51880/ho.v24i1.1149

Palavras-chave:

Almerinda Gama, feminismo, sindicalismo, memória, envelhecimento

Resumo


O artigo discute dois depoimentos orais concedidos por Almerinda Farias Gama (1899-1999), uma das lideranças feministas a encabeçar a campanha pelo voto feminino no Brasil nas primeiras décadas do século XX. Almerinda fez parte da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) e também fundou e presidiu o Sindicato das Datilógrafas e Taquígrafas do Distrito Federal em 1933. Nos anos de 1980, a octogenária Almerinda recordou sua trajetória em dois momentos distintos: em 1984 prestou um depoimento de História Oral aos pesquisadores Angela de Castro Gomes e Eduardo Stotz e em
1989 voltou a rememorar sua trajetória para o cineasta Joel Zito Araújo. O artigo propõe-se a analisar a maneira como Almerinda buscou responder às provocações da memória propostas por cada um desses dois projetos distintos e como a força do presente também delineou esses dois depoimentos que foram, de certa forma, ferramentas de luta de Almerinda contra o esquecimento.

Biografia do Autor

Patrí­cia Cibele da Silva Tenório, Universidade de Brasí­lia

É jornalista graduada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e mestra em História Social pela Universidade de Brasí­lia (UnB).

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Publicado

2021-06-23

Como Citar

Tenório, P. C. da S. (2021). “Assim eu sei que viverei para a posteridade”: depoimentos orais de Almerinda Farias Gama, uma pioneira do feminismo brasileiro. História Oral, 24(1), 171–190. https://doi.org/10.51880/ho.v24i1.1149