O guardião do pássaro da noite: memórias de luta e solidariedade no Mocambo do Arari, Parintins (AM)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51880/ho.v24i1.1147

Palavras-chave:

Pássaros, Memória, Envelhecimento, Solidariedade, História oral

Resumo


O artigo problematiza as experiências na organização e defesa da festa do cordão de pássaro Jaçanã, no Mocambo do Arari, Parintins (AM), tomando como recorte de análise as memórias de um idoso, guardião do pássaro, desde 1956. Em 2004, após um período de interrupção, com a organização do Festival Folclórico, os pássaros Jaçanã e Pavão Misterioso voltaram a brincar, contudo, foram secundarizados pelos bois-bumbás, ameaçando a continuidade da cultura identificada como “as brincadeiras dos mais velhos”. No intuito de democratizar as narrativas, a pesquisa foi realizada com enfoque teórico-metodológico na história oral, ao revalorizar as experiências de sujeitos invisibilizados pelas memórias oficiais. Os resultados evidenciam as articulações de um homem pobre, com pouca escolaridade, que contou com a solidariedade dos companheiros de trabalho, vizinhos e amigos que, mesmo em meio às difi culdades impostas pelo envelhecimento e as agruras de uma vida dedicada ao trabalho no campo somadas à falta de recursos financeiros e à possível desilusão de outros moradores, historicamente, se organizou em estratégias de resistência para manter a festa do pássaro, isto é, reivindicando o direito à memória e à cidadania.

Biografia do Autor

Josivaldo Bentes Lima Júnior, Universidade Federal do Amazonas

Mestre em História social pela Universidade Federal do Amazonas. Professor da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas.

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Publicado

2021-06-23

Como Citar

Lima Júnior, J. B. (2021). O guardião do pássaro da noite: memórias de luta e solidariedade no Mocambo do Arari, Parintins (AM). História Oral, 24(1), 65–85. https://doi.org/10.51880/ho.v24i1.1147