Josy Kimberly – narrativas em travessia: gênero, corpo, prostituição e ativismo solitário em Belém (PA)

Autores

  • Osvaldo da Silva Vasconcelos Universidade da Amazônia

Resumo


Este artigo busca analisar a construção de relações interpessoais a partir das múltiplas moralidades e relações de poder relacionadas í  diversidade sexual e de gênero. Através de uma metodologia que privilegia a história oral, acompanhamos Josy Kimberly, travesti que se prostituiu em Belém (PA), sob as óticas de Eve Sedgwick e Berenice Bento. A biografada ultrapassa uma barreira identitária quando deixa para trás um corpo masculino e cria para si um novo corpo, mais condizente com a feminilidade que julga lhe pertencer; essa jornada é tratada sob a perspectiva de Judith Butler, que analisa o gênero não como uma sensação cultural num corpo que é dotado de determinado sexo, mas como o processo no qual o sexo é solidificado. Os corpos de Josy, tanto aquele que abandona como aquele que inventa para si, são esmiuçados ainda pelo ponto de vista de Michel Foucault, quando afirma que não só o corpo tem história, mas também carrega essa história consigo, ao mesmo tempo que inscreve outras que estão por vir.

Downloads

Publicado

2017-12-31

Como Citar

Vasconcelos, O. da S. (2017). Josy Kimberly – narrativas em travessia: gênero, corpo, prostituição e ativismo solitário em Belém (PA). História Oral, 20(2), 193–213. Recuperado de https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/722