História e memória: o golpe militar sob o olhar artístico-político de João das Neves
Palavras-chave:
João das Neves, teatro engajado, ditadura militar, O quintal, CPCResumo
O artigo tem como objetivo articular história e memória na peça curta O quintal, escrita pelo dramaturgo e diretor João das Neves. O texto foi solicitado por Ruth Escobar para integrar a montagem Feira Brasileira de Opinião, proibida pela censura antes da estreia. De acordo com a solicitação da organizadora, os textos teatrais deveriam responder as seguintes questões: "Quem somos, a que viemos, quem é nosso povo?". Para discutir tais aspectos, João das Neves buscou problematizar em seu texto o golpe militar de 1964 e a atuação de três importantes polos das esquerdas nesse período: o Centro Popular de Cultura (CPC), o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a União Nacional dos Estudantes (UNE). O autor se encontrava na sede da UNE quando ela foi invadida por apoiadores do golpe e procurou registrar na obra suas impressões sobre o evento. Trata-se de uma obra ficcional, mas pode-se perceber que é dotada de reflexões autobiográficas e históricas. A compreensão da peça é pautada pela análise do texto dramatúrgico, assim como pelos depoimentos orais concedidos pelo autor nos anos de 2012 e 2013. Busca-se analisar temporalidades distintas visando descortinar possibilidades interpretativas relacionadas í obra artística e ao sujeito histórico que a concebeu.
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