"Teatro de equipe ou alienação individual": o Teatro Oficina como projeto coletivo (1961-1974)

Autores

  • Daniel Martins Valentini PUC-SP

Palavras-chave:

Teatro Oficina, memória, engajamento

Resumo


Nascido do aprofundamento de relações entre jovens estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (São Paulo), o Teatro Oficina pertenceu a uma parcela da classe média que disparou crí­ticas radicais contra o capitalismo e contra a sujeição imperialista que impunha grandes taxas de pobreza e espalhava bolsões de miséria. Durante a ditadura, o Oficina respondeu í  modernização conservadora promovida pelos militares posicionando-se como um grupo capaz de criar um importante espaço para a – ainda possí­vel – contestação do capitalismo acelerado, da imposição dos padrões tecnocráticos, do sufocamento da liberdade de expressão e da destruição – também pela cooptação – da cultura nacional. Com a chegada da contracultura, outros jovens ingressaram no grupo e reorientaram a luta do Oficina no sentido de provocar choques contra aspectos morais. Este artigo pretende colaborar para a reflexão da trajetória do Oficina por meio da iluminação das narrativas dos personagens históricos em questão.

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Publicado

2017-01-03

Como Citar

Valentini, D. M. (2017). "Teatro de equipe ou alienação individual": o Teatro Oficina como projeto coletivo (1961-1974). História Oral, 19(2), p. 7–26. Recuperado de https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/606