"Teatro de equipe ou alienação individual": o Teatro Oficina como projeto coletivo (1961-1974)
Palavras-chave:
Teatro Oficina, memória, engajamentoResumo
Nascido do aprofundamento de relações entre jovens estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (São Paulo), o Teatro Oficina pertenceu a uma parcela da classe média que disparou críticas radicais contra o capitalismo e contra a sujeição imperialista que impunha grandes taxas de pobreza e espalhava bolsões de miséria. Durante a ditadura, o Oficina respondeu í modernização conservadora promovida pelos militares posicionando-se como um grupo capaz de criar um importante espaço para a – ainda possível – contestação do capitalismo acelerado, da imposição dos padrões tecnocráticos, do sufocamento da liberdade de expressão e da destruição – também pela cooptação – da cultura nacional. Com a chegada da contracultura, outros jovens ingressaram no grupo e reorientaram a luta do Oficina no sentido de provocar choques contra aspectos morais. Este artigo pretende colaborar para a reflexão da trajetória do Oficina por meio da iluminação das narrativas dos personagens históricos em questão.
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