Oralidades em tempos de possessões afroindígenas
DOI:
https://doi.org/10.51880/ho.v15i2.264Palavras-chave:
oralidade, possessões, cultura afroindígena, Amazônia BragantinaResumo
Neste ensaio, seguindo rastros da metodologia da história oral, através de entrevistas com diferentes moradores, e mapeando discursos midiáticos, discutiremos sentidos de possessões indígenas e africanas em populações que habitam a Amazônia Bragantina. A base teórica parte dos estudos culturais e pós-coloniais, alcançando a antropologia das religiões para acompanhar possessões coletivas em crianças e adolescentes do sexo feminino na Vila Socorro (km 14), no município de Traquateua (PA). Completamos o enredo do texto, apresentando o jovem xamã Cristiano que, ao operar com poderes do Caboclo Flechador, frente a entidades incorpóreas, mortos-vivos e demônios, desvela sentidos e memórias que povoam corpos e dons espirituais emergentes no seio das populações locais. A interpretação aponta que a avaliação apressada dos acontecimentos como "fenômenos sobrenaturais" pelos meios de comunicação silencia tradições de culturas afroindígenas neste portal da Amazônia brasileira.
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