COVID-19 e maternidade: experiências de gravidez e parto no Distrito Federal em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.51880/ho.v25i1.1215Palavras-chave:
Maternidade, COVID-19, Coronavírus, Performatividade, Corpo-territórioResumo
O presente artigo busca compreender se/como a pandemia do novo coronavírus impactou as experiências de gravidez e parto de três mulheres residentes no Distrito Federal (DF). Com esse intuito, realizamos três entrevistas utilizando a metodologia fornecida pela história oral, nos termos apresentados por Verena Alberti (2005). Analisamos os relatos qualitativamente a partir dos conceitos de corpoterritório (Gago, 2020) e performatividade (Butler, 2019), dialogando com a produção acadêmica recente sobre os temas abordados nas entrevistas: pandemia, gravidez, parto, aborto, parto domiciliar, violência obstétrica, dentre outros. Para compreendermos se/como a pandemia influenciou suas experiências gravídicas-puerperais, optamos por entrevistar mulheres que engravidaram da segunda filha em 2019, logo antes da pandemia do novo coronavírus eclodir, mas que vivenciaram o final dessa segunda gestação e seu respectivo parto durante seu percurso, em 2020.
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