O Trabalho tal como aparece nas experiências de sujeitos no quilombo Córrego do Narciso do Meio, Vale do Jequitinhonha (MG)
DOI:
https://doi.org/10.51880/ho.v23i2.1050Palavras-chave:
Descentramento, Gênero, Matrifocalidade, Tempo cíclico, Devaneio, EtnografiaResumo
O texto apresenta como o trabalho aparece no quilombo Córrego Narciso, no Vale do Jequitinhonha. Combinando história oral com o percurso por lugares de memória e a análise de desenhos e situações etnográficas, argumenta-se por um descentramento analítico do trabalho migrante e camponês na experiência cotidiana de moradoras/es. Dimensões como raça, gênero (valores diferenciais na força de trabalho), matrifocalidade, experiência, tempo, alimento e inventividade são pensadas em uma imbricação ou articulação com a atividade produtivo-laboral, situada esta como um dos componentes de uma experiência viva e múltipla que a ultrapassa extensamente. As modalidades de trabalho camponês - doméstico, cuidado, cozinha, roça, busca de água, produção de farinha, fumo, sabão, rapadura e telhas de barro e o des-re-fazer de cômodos de uma casa - são apreendidas como uma complementaridade entre trabalho (produção) e vida (reprodução) e como momentos de um devaneio coletivo, que conferem sentido ao fazer.
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